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A origem

      Os astecas são originários dos povos mexicas e se estabeleceram no Vale do México por volta do séc. XII. As lendas astecas falam que eles migraram de uma região lendária chamada Aztlán, que supostamente ficava ao norte ou noroeste mexicano.

Durante essa migração, os astecas foram conduzidos por Huitzlopochtli, um dos principais deuses do panteão asteca. Para os historiadores, um dos marcos importantes da história dos astecas foi a fundação de Tenochtitlán que ocorreu em 1325. O marco fundador da cidade foi a construção de um templo feito de bambu, e a escolha do local ocorreu por uma determinação dos sacerdotes que alegaram ter visto um presságio – uma águia pousada em um cacto devorando uma serpente.

         Após a fundação e o crescimento de Tenochtitlán, os astecas estavam submetidos aos tepanecas (outro povo mesoamericano), mas por volta de 1428, os astecas se rebelaram e os derrotaram. Depois de terem colocado fim ao domínio dos tepanecas, os astecas enriqueceram e, por serem a maior força militar da região, se transformaram na grande força do Vale do México. Isso motivou os astecas a se expandirem territorialmente por de meio de conquistas dos povos vizinhos.

Sociedade e política

A sociedade asteca era marcada pela diversidade e hierarquização e, no seu auge, a civilização asteca chegou a ter cerca de 11 milhões de habitantes. Nas regiões conquistadas, os astecas exigiam impostos dos povos sob seu domínio, e esses impostos eram pagos por meio de alimentos, joias e outros utensílios. A cessão de seres humanos como escravos para sacríficos também era aceito pelos astecas como pagamento.

A sociedade asteca possuía o imperador como o topo da pirâmide social. Conhecido como Huey Tlatoani, o imperador asteca era visto como a representação do deus mais importante dos astecas: Tezcatlipoca. Abaixo do imperador estava a nobreza, grupo que possuía cargos na administração do império asteca, chefes militares e sacerdotes.

O grosso da sociedade era formado pelos homens comuns, um grupo que exercia diferentes funções na sociedade, como a de comerciantes, artesãos e camponeses. Existia a possibilidade de mobilidade social para os homens comuns. Por fim, na base da sociedade asteca estavam os escravos que, geralmente, eram criminosos e pessoas endividadas que pagavam suas dívidas por meio do seu trabalho. Na sociedade asteca, os escravos poderiam ter posses e família.

Religião

A religião asteca era politeísta, porque eles acreditavam em mais de um deus. A religião asteca incorporou elementos característicos da religião de outros povos. Um exemplo bem conhecido era o do deus asteca Quetzacoatl, que também fazia parte do panteão maia e era chamado de Kukulkán. O deus mais poderoso, conforme acreditavam os astecas, era Tezcatlipoca. Outros deuses importantes do panteão asteca eram Quetzacoatl, Tlaloc. Uma característica importante da religião asteca era a realização de sacrifícios humanos. Essa prática acontecia por meio da retirada do coração com a vítima acordada. Os astecas acreditavam que o funcionamento do Sol só acontecia por meio da realização regular de sacrifícios humanos; além disso, haveria a garantia de boas colheitas.

 Cultura

Os astecas falavam a língua nahuatl. Outro aspecto importante da cultura asteca era conhecido como teotl, basicamente uma espécie de ligação que existia entre todos os seres do mundo com as forças do mundo espiritual.

Possuíam um grande conhecimento de astronomia e isso era realizado pelos seus sacerdotes. Esse conhecimento em astronomia permitiu os astecas formularem dois calendários, sendo um utilizado no cotidiano e outro com grande valor religioso. Construíram pirâmides de maneira que se alinhassem com as posições das estrelas, da Lua e do Sol.

A escrita asteca não era escrita com regras fixas, mas de uma forma particular. Os glifos não eram escritos linearmente, mas arranjadas ideograficamente para representar uma cena ou uma composição maior. Na parte de baixo da figura estaria o solo, e na parte de cima o céu. A figura não era para ser lida, mas “decifrada”. Cada escriba criava suas próprias representações das ideias que ele desejava transmitir.

 Economia 

A economia dos astecas focava-se naquilo que a agricultura lhe fornecia. O cultivo agrícola dos astecas era muito próspero e isso deve-se, principalmente, à técnica de cultivo conhecida como chinampas. Nessa técnica, os astecas construíam ilhas artificiais nos canais do lago Texcoco, utilizando-se de material orgânico do fundo do lago. Entre os principais produtos agrícolas temos milho, cacau, pimenta, tomate, abóbora, mandioca, feijão e batata. Também cultivavam frutas como, por exemplo, abacaxi, maracujá e banana.

Os astecas mantiveram o seu império até 1521; pois, nesse ano sua capital foi conquistada pelos espanhóis liderados por Hernán Cortés.

 

 

Fonte:

BOULOS JR.; Alfredo. História sociedade & cidadania: 6º ano. 4ª ed., São Paulo: FTD, 2018.

https://www.sohistoria.com.br/ef2/astecas/p1.php. Acesso em 10/08/20

https://www.suapesquisa.com/astecas/economia_asteca.htm. Acesso em 10/08/20.

https://www.historiadomundo.com.br/asteca. Acesso em 09/08/20.