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Observe a imagem ao lado.

Provavelmente você já deve ter a visto em alguma revista ou filme. Ela faz parte das ruínas de Machu Picchu, cidade cerimonial Inca, situada no atual Peru.

Os Incas, cuja capital era Cuzco (que significa “umbigo do mundo”), habitavam esta região desde antes do século XII. Ao longo de sua história, os incas foram se tornando mais poderosos que as sociedades andinas anteriores. Ao expandir o seu território, os incas dominaram vários povos, alcançando uma população de cerca de 12 milhões de pessoas. No seu apogeu, o território inca abrangia uma área que hoje se estenderia do Equador ao Chile. Os incas chamavam seu império de Tawantisuyu que significa, traduzindo do quéchua (idioma oficial dos incas), “o império das quatro direções”.

Os Incas expandiram sua cultura a partir dos Andes peruanos, concentrando cerca de 100 povos diferentes em torno de um Estado extremamente centralizado e militarizado, governado por um imperador (adorado como um deus), que recebia o nome de Sapa Inca e de filho do Sol. Quando este morria, um de seus filhos assumia a chefia, mas tudo o que pertencera ao inca morto era passado para seus outros descendentes em linha masculina. Àquele que assumia o trono então era obrigado a ampliar os limites do império, conquistando novas terras. Além do imperador, a elite era composta por sacerdotes, chefes militares, governadores de províncias e funcionários do Estado. Também havia grupos privilegiados de artesãos, guerreiros, projetistas e contabilistas.

A maioria da população era formada por camponeses que viviam em pequenas coletividades agropastoris, sendo que cada aldeia era habitada por um grupo de famílias (denominado ayllu). Eles se dedicavam ao cultivo do milho, batata, feijão, quinoa, tomate e tabaco e à criação de animais como a lhama e alpacas. Esses animais eram utilizados para o transporte de cargas e para a obtenção de lã, leite e carne. Durante um período do ano, os camponeses eram obrigados a realizar serviços para o Estado, trabalhando como agricultores, pastores e construtores.

Desenvolveram a tecelagem, a cerâmica, a metalurgia do bronze e do cobre e a ourivesaria de ouro e prata. Construíram palácios, templos, estradas pavimentadas, sistemas de água encanada, esgoto, canais de irrigação e terraços de cultivo na encosta das montanhas. Com todo este desenvolvimento técnico, foram capazes de interligar por uma rede de estradas, cujos caminhos totalizavam cerca de 30 mil quilômetros, atravessando vales, desfiladeiros e montanhas. Ao longo das principais estradas, havia abrigos, armazéns e postos com jovens corredores, os chasquis. Esses jovens deveriam memorizar mensagens e transmiti-las oralmente até o próximo posto. Isto permitiu a rápida comunicação entre diversas regiões do império.

Embora não tivessem alfabeto para a escrita, os incas desenvolveram um sistema de registro de informações  chamados de quipos (nós feitos num cordão).

Os quipos eram feitos em uma série de cordões coloridos nos quais a posição e a quantidade de nós representavam números. Serviam para registrar, por exemplo, impostos e divisões do tempo. Um eficaz sistema de mensageiros transportava quipos e uma parte para outra do império, trocando informações fundamentais para o controle administrativo sobre a produção, o comércio, o pagamento de impostos e a população das diferentes cidades do Império Inca.

O Império Inca foi uma sociedade teocrática e politeísta. Usavam o ouro fundido como matéria prima para construir esculturas de animais, passagens cotidianas e a representação dos deuses como elementos da natureza. A divindade suprema era Viracocha, mas o deus mais importante dos incas era Inti, o deus Sol. Os sacrifícios também eram parte significativa da religião inca e aconteciam em momentos importantes para esse povo, como guerras e nomeação de um novo imperador.

O quéchua foi uma das línguas principais adotadas pelos incas. Até hoje esta língua é falada por cerca de 10 milhões de pessoas na América Latina; influenciando inclusive o português falado no Brasil, dando origem a palavras como condor, chácara, mate e pampa.

 

Fonte: AZEVEDO, Gislane; SERIACOPI. Reinaldo. Projeto Teláris 7º ano. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2015.

COTRIM, Gilberto; RODRIGUES, Jaime. Historiar. 6º ano. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018

https://www.estudopratico.com.br/cultura-inca-religiao-arte-e-arquitetura-desse-povo. Acesso em 24/08/20.

https://escolakids.uol.com.br/historia/civilizacao-inca.htm. Acesso em 24/08/20

Foto de capa: Foto de Adrian Dascal na Unsplash